No
segundo turno Bolsonaro tem vantagem contra Marina, Alckmin e Haddad e empata com
Ciro Gomes
SÃO PAULO - Jair Bolsonaro (PSL) despontando no primeiro
lugar tanto nos cenários de voto espontâneo quanto estimulado e uma ascensão
nas intenções de voto do candidato Fernando Haddad (PT), após ele ser
oficializado como o nome do partido na última terça-feira (11).
É o que mostra a mais recente pesquisa FSB/BTG Pactual,
divulgada nesta segunda-feira (17) e registrada no TSE (Tribunal Superior
Eleitoral) com o número BR-06478/2018. O levantamento foi realizado entre os
dias 15 e 16 de setembro com 2000 eleitores e a margem de erro é de 2 pontos
percentuais, para mais ou para menos.
No cenário espontâneo, a intenção de voto de Bolsonaro
passou de 26% para 30%, de uma semana para outra, enquanto neste último
levantamento apenas 6% votariam no ex-presidente Lula, ante 12% da pesquisa
anterior. Já Fernando Haddad saltou de apenas 3% para 12%, ultrapassando Ciro
Gomes (PDT), que de 7% oscilou positivamente para 8%. João Amoêdo (Novo) se
manteve em 3%, enquanto Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede) oscilaram
negativamente de 3% para 2%.
Álvaro Dias (PODE) oscilou negativamente de 2% para 1%,
Henrique Meirelles passou a pontuar com 1%, enquanto os demais não pontuaram.
Não sabem ou não responderam seguiram em 22%, não votariam em ninguém foram de
13% para 8%, enquanto brancos e nulos seguiram em 4% em uma semana.
Já na intenção de votos estimulada - em que há o cenário
apenas com Fernando Haddad como substituto de Lula, uma vez que o ex-presidente
petista teve a sua candidatura barrada -, Jair Bolsonaro passou de 30% de
intenção de voto no levantamento anterior para 33%. Enquanto isso, Haddad
ultrapassou Ciro Gomes numericamente com um salto de 8% para 16%, mas empatado
ainda tecnicamente com o candidato do PDT, que foi de 12% para 14% em uma
semana.
Alckmin oscilou para baixo no limite da margem de erro, de
8% para 6%, empatado tecnicamente com Marina Silva, que novamente teve queda e
foi de 8% para 5%. Amoêdo voltou aos 4% ante 3% da semana
anterior, enquanto Alvaro Dias viu sua intenção de voto oscilar para
baixo, de 3% para 2%. Meirelles tem 2% dos votos neste cenário, ante 1% de Cabo
Daciolo (PATRI). A porcentagem de quem não votaria em ninguém caiu de 13%
para 9%, branco/nulo somam 2%, enquanto não sabe/não responderam foi de 8% para
5%.
Os eleitores de Bolsonaro também são aqueles cuja certeza
do voto é maior. Para 82% deles, a decisão de voto é definitiva, sendo seguido
pelos de Haddad (81%), Amoêdo (73%), Daciolo (69%), Alvaro Dias (57%), Ciro
(48%) e Meirelles (48%), Alckmin (44%) e Marina (43%). Vale destacar que 71%
dos que disseram votar branco/nulo apontaram ter certeza do seu voto.
O apoio de Lula a Haddad também mostrou um aumento em sua
importância. O número de pessoas que não votaria de jeito nenhum em Haddad caso
Lula apoiasse o ex-prefeito paulistano caiu de 63% para 57%, enquanto o número
dos que votariam com certeza subiu de 20% para 30%. Os que poderiam votar
oscilou para baixo, de 12% para 11% de uma semana para outra.
Segundo
turno
Pela primeira vez, o levantamento fez uma simulação de
segundo turno (todas com Bolsonaro) e, ao contrário da pesquisa Data Folha da
última sexta-feira, por exemplo, mostrou o candidato do PSL em vantagem no
segundo turno contra Marina, Alckmin e Haddad e empatando com Ciro Gomes.
Quando o cenário é Bolsonaro contra Ciro, ambos aparecem
com 42%, 5% dizem votar branco, 8% em ninguém e 3% não sabem ou não responderam.
Entre Bolsonaro e Haddad, 46% disseram votar no candidato do PSL ante 38% que
votariam no petista e, quando confrontado com Alckmin, Bolsonaro aparece com
43% ante 36% do tucano. A maior diferença é contra Marina Silva: 48% do
candidato do PSL ante 33% da ex-senadora da Rede.
Potencial
de voto X rejeição
Com relação ao potencial de voto (porcentagem dos que
poderiam votar em um determinado candidato), Bolsonaro aparece na frente com
48%, forte alta ante 40% do levantamento anterior, sendo seguido por Ciro, que
subiu de 36% para 45%.
Já Alckmin subiu de 30% para 39% de uma semana para outra,
sendo seguido por Marina, que subiu de 29% para 36%. Haddad aparece empatado
com a candidata da Rede, subindo de 24% para 36%. Alvaro Dias teve alta de
19% para 22%, mesmo percentual de Meirelles,que subiu ante os 19% de potencial
de voto da semana passada, enquanto Amoêdo subiu de 12% para 16%. Cabo Daciolo
e Guilherme Boulos (PSOL) têm 8% de potencial de voto, seguido por João Goulart
Filho (PPL), com 7%, enquanto José Maria Eymael (DC) registra 6% de
potencial de voto e Vera Lúcia (PSTU) tem 5%.
Já Marina Silva segue na dianteira na lista de maior
rejeição - ou seja, a porcentagem de quem não votaria "de jeito
nenhum" no candidato/candidata -, mas caindo de 64% para 58%. Alckmin caiu
em termos de rejeição, passando de 61% para 53%, mas segue sendo o segundo mais
rejeitado. O tucano é seguido por Meirelles, que teve queda de 52% para 48%,
mesmo percentual de Haddad, que também caiu de 52% para 48%, e Eymael. Ciro
Gomes viu sua rejeição cair de 51% para 46%, enquanto Bolsonaro viu sair de
rejeição de 51% dos eleitores para 45%.