quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Professor da rede pública desafia prefeito Hilário a prestar contas de forma transparente à população brejense

Também reafirmou que acredita haver corrupção na prefeitura do Brejo

Os professores da rede pública de ensino do Brejo da Madre de Deus, no Agreste de Pernambuco, estão com o salário do mês de dezembro atrasado. São muitas as reclamações da categoria, principalmente do professor Ronaldo Dias, que corajosamente, já pela segunda vez, publica em sua rede social dados importantes que mostram a realidade do nosso município.

O professor agora foi mais adiante, e além de afirmar novamente que acredita haver corrupção na prefeitura municipal, agora desafia o prefeito Hilário Paulo a prestar contas de forma transparente à população brejense.

Confira:

Por Ronaldo Dias (Professor)

E o DESCASO e a falta de RESPEITO continuam! Nunca em quase 20 anos de trabalho tinha passado de um ano para o outro sem receber o pagamento do mês de dezembro. É lamentável a situação dos professores efetivos de Brejo da Madre de Deus, que não podem pagar suas contas em dia.

Após a publicação que fiz no dia 28/12/2017, venho sendo hostilizado por que falei que o 13º salário estava atrasado, e REALMENTE ESTAVA ATRASADO. O 13º salário foi instituído pela Lei 4.090/62 e pela Lei 4.749/65, regulamentado pelo Decreto 57.155/65, as quais dispõem que o pagamento deve ser feito em duas parcelas, sendo a primeira, equivalente a 50% do valor a que o empregado tem direito até o dia 30 de novembro de cada ano e a segunda, equivalente aos 50% até o dia 20 de dezembro de cada ano, ou em parcela única no prazo máximo do dia 20 de dezembro de cada ano, ao passa dessa data o gestor poderá receber multa por atraso do pagamento.

Para justificar a falta com os professores e Agentes Comunitários de Saúde (ACS), foi dada uma resposta dizendo que os recursos federais teriam sido reduzidos. Ora, não é o que diz o portal do Banco do Brasil, que ao longo de 2017, só de FUNDEB (Fundo de Desenvolvimento e Valorização da Educação Básica) o nosso município recebeu R$ 30.117.836,21 (trinta milhões cento e dezessete mil, oitocentos e trinta e seis reais e vinte e um centavos), o portal da transparência também tem esses valores. A pergunta que não quer calar é:
Brejo da Madre de Deus recebeu do FUNDEB mais de R$ 30 milhões

De que forma esse dinheiro está sendo aplicado se até a data de hoje 03/01/2018?
• Não foram pagos os meses de novembro e dezembro aos funcionários contratados da educação (lembrando que seus salários já teriam sofrido redução salarial);
• Não foram pagos os salários dos professores efetivos do município correspondente ao mês de dezembro (a desculpa é que se tem até o 5º dia útil de cada mês);
• Não foram pagos 75 dias (2 meses e 15 dias) de transporte escolar, aos motoristas e donos de carros alugados a prefeitura, que serviam para o transporte de professores e de alunos;

Além disso, os funcionários inativos (aposentados) estão sem receber os meses de novembro e dezembro. Isso é uma vergonha para quem dedicou toda a sua vida ao trabalho público e agora no momento de descansar e usufruir do seu trabalho, fica sem receber por meses e meses.

Os bancos do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, estão suspendendo os empréstimos consignados do nosso município, por atraso nos repasses das parcelas, (mas todo mês é descontado os valores dos salários de cada um dos funcionários).
Todos esses fatos não devem ser ocultados da nossa sociedade, é necessário que se divulgue a real situação do nosso município. É muita CORRUPÇÃO, é falta de respeito com os funcionários ativos, descaso com os aposentados e prestadores de serviço municipal.

PS: Apenas para lembrar aos defensores do indefensável, não sou leigo, tenho as informações e desafio a gestão a prestar contas de forma transparente à população, sem notas de esclarecimento ou ameaças, mas mostrar aonde aplicou o dinheiro e a folha de pagamento provando que gasta os 60% do FUNDEB com salários.

Vale ressaltar que a Lei do FUNDEB (Lei nº 11.494/07) é bem clara, caso o município não seja capaz de pagar os salários dos funcionários efetivos e manter o funcionamento da educação, o Governo Federal COMPLEMENTA A VERBA, mas para isso tem que realmente PROVAR que seus gastos são superiores ao que já é repassado pelo próprio governo.

Do Estação Notícias