“Eu nunca pedi voto, eu acertava com meus prefeitos, com
meus vereadores”, afirmou o ex-deputado em entrevista ao Jornal O Globo.
Ex-deputado federal e ex-presidente do Partido
Progressista (PP), Pedro Corrêa, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro
na Ação Penal 470, o 'mensalão', declara numa entrevista que política se fazia
com corrupção e compra de votos.
Pedro Corrêa está sob prisão domiciliar num apartamento no
Recife, aonde conversou com o jornal O Globo. O político confirmou que
participou permanentemente de esquemas de corrupção e de compra de votos nos
quase 30 anos de vida pública. Ele falou sobre o motivo da indicação do
presidente da Petrobrás, o convívio com outros condenados no presídio da papuda, aonde teve um estremecimento com o ex-ministro Zé Dirceu, que segundo Corrêa, queria mandar na cela, e disse que não pedia voto, acertava com seus prefeitos e vereadores.
“O voto que você pede é o voto mais caro do mundo, por
que o voto de classe média depois o cara quer um emprego para filha, um emprego
pra mãe, quer isso, quer num sei o que, então, é um voto difícil. Eu nunca pedi
voto, eu acertava com meus prefeitos, com meus vereadores. E esse negócio de
política é namoro, noivado e casamento. Não tem divorcio. Divorcio é tapa na
cara!”, disse em tom de ironia o ex-deputado.
Corrêa está preso há mais de quatro anos, sendo os dez
últimos meses em regime domiciliar fechado, sem precisar, nos últimos meses,
até mesmo de usar tornozeleira eletrônica, segundo ele devido a exames e
cirurgias.
Do
Estação Notícias / O Globo