A história é interessante, e que bacana
a coincidência! Daí eu fiquei encucado com a Toyota! Já tinha visto algumas
modificações semelhantes, mas nunca nesse exato formato. Fuçando na web,
encontrei num fórum um excelente e detalhado texto, de autoria de João Paulo
Lima:
"Os jipes, mais conhecidos como Toyota Bandeirante, são na verdade característicos do Agreste pernambucano. Surgiram da necessidade local de ter um veículo de tração que pudesse se locomover pelas estradas esburacadas e cheias de lama da região. São o principal meio de transporte do Polo de Confecções do Agreste.
Seguindo pela PE-90, começam a ser vistos a partir de Limoeiro e intensificam-se em João Alfredo, Surubim, Toritama, Santa Cruz do Capibaribe, Brejo da Madre de Deus e Caruaru.
Os primeiros foram fabricados em Brejo da Madre de Deus, conhecida como Capital Nacional do Toyota. Lá os primeiros jipes curtos começaram a ser alongados, ou seja, aumentados em oficinas locais, para carregar passageiros e produtos como tecidos, feiras, verduras, etc. Devido a sua boa adaptação, começaram a ser comercializados em grande escala na região, tornando-se atualmente tão populares e caros quanto veículos de passeio de grandes fábricas nacionais.
Invenção "made in Pernambuco", os chassis são esticados em um metro e a capacidade original passa de 5 para 12 passageiros, enquanto o volume de carga é ampliado em até uma tonelada. Chegam a custar uma média de 20 a 60 mil reais dependendo do ano, do tipo de motor e do modelo, sendo chamados de 'Limousine do Agreste'.
Além de carregar passageiros, também são muito utilizados pelas prefeituras para o transporte de alunos de regiões rurais e de difícil acesso, o que seria impossível para ônibus e vans em períodos chuvosos.
Podemos dizer que o Toyota tornou-se um meio de transporte que faz parte da cultura do semi-árido brasileiro, fiel ao perfil da sua população: forte e guerreira. De acordo com dados do Detran-PE, em 2005 já existiam mais de 7.000 veículos desse tipo circulando em Pernambuco.
É uma pena que tal transporte seja tão discriminado pela autoridades, que esquecem que os mesmos são o sustento de milhares de famílias do interior, além de ser o único meio de transporte de boa parte da população interiorana, carente de políticas públicas."
O Bandeirante da foto acima foi flagrado em Lençóis - BA, mas tem exatamente as características dessas "limousines" pernambucanas.
Do Estação Notícias Contribuição do Alberto Barreto
Imagem (Jamilson Lima) Unaí - Mina gerais
"Os jipes, mais conhecidos como Toyota Bandeirante, são na verdade característicos do Agreste pernambucano. Surgiram da necessidade local de ter um veículo de tração que pudesse se locomover pelas estradas esburacadas e cheias de lama da região. São o principal meio de transporte do Polo de Confecções do Agreste.
Seguindo pela PE-90, começam a ser vistos a partir de Limoeiro e intensificam-se em João Alfredo, Surubim, Toritama, Santa Cruz do Capibaribe, Brejo da Madre de Deus e Caruaru.
Os primeiros foram fabricados em Brejo da Madre de Deus, conhecida como Capital Nacional do Toyota. Lá os primeiros jipes curtos começaram a ser alongados, ou seja, aumentados em oficinas locais, para carregar passageiros e produtos como tecidos, feiras, verduras, etc. Devido a sua boa adaptação, começaram a ser comercializados em grande escala na região, tornando-se atualmente tão populares e caros quanto veículos de passeio de grandes fábricas nacionais.
Invenção "made in Pernambuco", os chassis são esticados em um metro e a capacidade original passa de 5 para 12 passageiros, enquanto o volume de carga é ampliado em até uma tonelada. Chegam a custar uma média de 20 a 60 mil reais dependendo do ano, do tipo de motor e do modelo, sendo chamados de 'Limousine do Agreste'.
Além de carregar passageiros, também são muito utilizados pelas prefeituras para o transporte de alunos de regiões rurais e de difícil acesso, o que seria impossível para ônibus e vans em períodos chuvosos.
Podemos dizer que o Toyota tornou-se um meio de transporte que faz parte da cultura do semi-árido brasileiro, fiel ao perfil da sua população: forte e guerreira. De acordo com dados do Detran-PE, em 2005 já existiam mais de 7.000 veículos desse tipo circulando em Pernambuco.
É uma pena que tal transporte seja tão discriminado pela autoridades, que esquecem que os mesmos são o sustento de milhares de famílias do interior, além de ser o único meio de transporte de boa parte da população interiorana, carente de políticas públicas."
O Bandeirante da foto acima foi flagrado em Lençóis - BA, mas tem exatamente as características dessas "limousines" pernambucanas.
Do Estação Notícias Contribuição do Alberto Barreto
Imagem (Jamilson Lima) Unaí - Mina gerais