O fenômeno Marina
Silva gerou uma esquizofrenia na corrida presidencial. Dilma e seus aliados
andam tontos, sem encontrar uma saída para frear o crescimento da candidata do
PSB ao Planalto. O tucano Aécio Neves, o mais afetado, perdeu a pouca aderência
que tinha e já se fala na possibilidade de jogar a toalha.
Desesperados, os
adversários de Marina falam bobagens, o que vem à cabeça para tentar conter a
ascensão da socialista, que sobe nas pesquisas feito um foguete. O governador
do Ceará, Cid Gomes, chegou a dizer, ontem, que se Marina for eleita não
conseguirá concluir o seu mandato.
Numa ação orquestrada
pela própria Dilma, o líder do PT no Senado, Humberto Costa, acusou Marina de
fazer a velha política, se unir a “raposas”, adotar o obscurantismo em suas
propostas e ser o FHC de saias numa referência ao ex-presidente Fernando
Henrique.
“Se Marina for eleita vai baixar a cabeça ao mercado financeiro e retomar a política neoliberal de FHC. A proposta de Marina é deixar que a mão do mercado regule tudo. É dar autonomia ao Banco Central, coisa que nem o Fernando Henrique deu”, atacou Humberto.
No seu programa
eleitoral, Dilma mostrou igualmente desespero ao comparar Marina com os
ex-presidentes Jânio Quadros e Fernando Collor. Dilma só esqueceu ou fez de
conta que Collor é seu aliado e já declarou publicamente apoio à sua reeleição.
Isso desmorona o seu discurso agressivo.
No mesmo tom, o
tucano Aécio Neves, que definhou até no seu Estado, onde o candidato tucano a
governador está ameaçado de levar uma sova, definiu Marina como uma mataformose
ambulante. “Não é possível saber se Marina amanhã terá o mesmo pensamento de
ontem ou de anteontem”, afirmou.
Na realidade, os
opositores de Marina perderam o bonde, estão sem lenço e sem documento, perdidos
na poeira, sem rumo, sem encontrar um discurso que possa impedir a sua eleição,
que para infelicidade deles pode até ocorrer no primeiro turno.
Do Estação Notícias Fonte: Magno Martins