quarta-feira, 25 de setembro de 2013

São Domingos pede justiça para o caso de Flânio Macedo, morto em ritual de magia negra




Muitos dos estudantes, maioria crianças e adolescentes, protestavam pela morte do garoto. Fotos: Thonny Hill.



Na manhã desta quarta-feira (25) começaram os protestos que relembram o fatídico caso do garoto Flânio Macedo, morto em um ritual de magia negra na localidade conhecida como Sítio das Camarinhas, no distrito de São Domingos, de Brejo da madre de Deus.

Centenas de crianças e adolescentes, todos estudantes de escolas da rede pública, saíram as ruas munindo cartazes pedido justiça e entoando palavras de ordem.

O caso ganhou repercussão nacional tamanha violência com que o garoto, de apenas nove anos, foi morto. Nove dias depois do seu desaparecimento, ocorrido no dia 01 de julho de 2012, o corpo de Flânio foi encontrado nu, com os pés e mãos atados, decapitado e em avançado estado de decomposição.
Ao lado do corpo, havia utensílios que comprovaram, posteriormente com as investigações, à prática do ritual de magia negra. Entre eles havia bonecos vodu e uma guidá de barro (usada para aparar o sangue da criança), além de garrafas de bebida, ramalhetes de flores e ossos de animais.

Os quatro acusados de cometer o crime brutal, Edilson da Costa Silva, Ednaldo Justo dos Santos (“Pai Nal”), Genival Rafael da Costa e sua esposa Maria Edileuza ainda estão presos e, de acordo com familiares do garoto, a primeira audiência sobre o caso será realizada na tarde de hoje no Fórum do Brejo da Madre de Deus, mais de um ano e dois meses após o crime.

De acordo com a irmã Maria, uma das organizadoras do protesto, boa parte dos estudantes sairão para o Brejo, onde irão juntar-se a outras pessoas para protestar pedindo justiça.

Tentamos entrevistar a senhora Luzinete Amara da Silva, mãe do garoto. Visivelmente abalada, ela não quis dar entrevista, mas nos relatou que chora praticamente todos os dias e que ainda não conseguiu superar a morte do filho.


"Não consegui superar a morte de meu filho até hoje. Choro quase todos os dias", relatou Luzinete.


Do Blog do Ney Lima