quarta-feira, 10 de abril de 2013

Eduardo Campos diz a Silas Malafaia: 'minha candidatura é irreversível'



Campos está de olho no apoio dos evangélicos para 2014

Em um encontro de cerca de três horas no Windsor Barra, no Rio de Janeiro, no sábado, Eduardo Campos, governador de Pernambuco, garantiu ao pastor Silas Malafaia o que ainda não afirmou em público: “Minha candidatura é irreversível. Não volto atrás.” A informação foi divulgada por Lauro Jardim, da revista Veja.

Depois do giro pela nata do PIB brasileiro nos últimos meses, Eduardo Campos decidiu abrir espaço na agenda para encontros com evangélicos. O pastor Silas Malafaia, que apoiou José Serra em 2010, foi o primeiro a ser chamado para uma conversa.

Os quinze minutos de fama do notório Marco Feliciano fazem o PSC discutir uma candidatura à presidência da República no ano que vem. O problema é que o partido não conseguirá unir os evangélicos em torno de um nome. Malafaia, R.R.Soares e Valdemiro Santiago não apóiam a idéia. E a Universal de Edir Macedo marchará com Dilma Rousseff.

Do Estação Notícias

Saiba mais:
Em encontro com o pastor Silas Malafaia no último sábado (5), o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, do PSB, revelou sua intenção em tornar-se candidato a Presidente da República na próxima eleição e que não permitiria interferências no seu partido, o PSB. Diante dessa possibilidade de candidatura, o líder religioso respondeu ao parlamentar: “O PSDB ficou oito anos no poder, e o PT 12. Mas, independente se o partido fizer um bom governo ou não, é fundamental a alternância no poder para o fortalecimento da democracia”.

A conversa aconteceu em um hotel na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Na ocasião, o governador analisou vários pontos positivos e negativos do atual cenário político no país. “Campos acha que a inflação seis vezes maior do que o crescimento do PIB é uma bomba relógio ligada. Ressaltou que não quer o caos no Brasil e que não trafega na torcida contra. Afirmou ainda que muitas coisas boas estão sendo feitas, mas que é preciso mais. E revelou: Eu vou ser candidato a presidente da República e ninguém vai dizer o que meu partido deve ou não deve fazer, se deve ou não deve ter candidato”, comentou Malafaia sobre o encontro em que também discutiu questões sobre democracia e liberdade de imprensa.
Na eleição presidencial de 2010, o pastor apoiou o tucano José Serra, mas ainda não manifestou sua posição em relação ao próximo pleito eleitoral. Apesar de ter elogiado o provável candidato após esse primeiro encontro, Malafaia não se comprometeu em apoiar o socialista. “Ainda é cedo nesse processo”, justificou o pastor, que se mostrou satisfeito com a posição de Eduardo Campos contra o controle externo da mídia, cobrado pelo comando nacional do PT. “Ele disse que regulação de conteúdo é muito perigosa. Deixei claro que nós, evangélicos, estamos muito preocupados de cercearem nossa pregação e que defendo a liberdade de imprensa até para falarem mal de mim”.

A seca no Nordeste também foi tema da conversa entre o pastor e o governador, mas não chegaram a falar sobre temas polêmicos como casamento gay e aborto. Entretanto, aproveitaram para conversar sobre a pressão para a saída de Marco Feliciano da Comissão de Direitos Humanos e Minorias. “O que eu tenho dito e repeti para o governador é que o PT radicaliza de tal forma que acaba levando os evangélicos a ficarem contra ele. Com José Genoino e João Paulo Cunha, deputados condenados no processo do mensalão na Comissão de Constituição e Justiça, que moral tem o PT para falar de Feliciano na Comissão de Direitos Humanos?”, questionou Malafaia.

O líder religioso, que é presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, afirmou que Campos foi sincero em relação a esse assunto e que afirmou não concordar com as ideias de Feliciano, mas reconheceu que o parlamentar foi eleito “pelo povo e pelo colegiado”. Por fim, o pastor ponderou: “Ele é um cara preparado e não se apresenta como o salvador da nação, mas acredita que pode fazer mais do que está sendo feito”.

Fonte: Verdade Gospel