Hospital Municipal de Santa Cruz
estava sem médico e família da vítima acusa Policlínica de São Domingos por
suposta omissão de socorro.
No início da tarde de ontem (20), por volta da
13h30, o falecimento de uma senhora de 77 anos, que residia no bairro Santa
Filomena, chamou a atenção por causa das duas versões divergentes apontadas
pela família e pela Policlínica de São Domingos quanto à prestação de socorro.
Para a família, a Policlínica não quis prestar
atendimento à vítima, por ela ser de Santa Cruz. Já a Policlínica afirma que
tal fato não aconteceu, pois ela sequer chegou a dar entrada no local. O óbito
da paciente foi registrado no Materno Infantil, fato esse alegado por uma
médica e por um recepcionista da unidade de saúde.
Versão da Família:
Segundo Josefa Inácia (uma das filhas), a senhora
Zenaide Ramos de Sousa, passou mal em sua residência, no final da manhã de hoje.
Um médico chegou a ir até a residência da senhora.
O profissional teria dito que a idosa estava em estado de coma e que deveria
ser levada, com urgência, para a Policlínica de São Domingos, já que esse
médico (Dr. Silvano) teria alegado que o Hospital Municipal estava sem médico.
Ainda segundo Josefa, após conseguir um carro para
fazer o transporte da idosa, sua irmã e seu genro teriam seguido na frente, de
moto, para fazer a ficha na Policlínica citada. Ao chegar ao local, a
recepcionista teria dito que a instituição não atenderia a paciente por ela ser
de Santa Cruz.
Em seguida, após receber uma ligação, a família
levou a idosa para o Hospital Materno Infantil. Segundo a Dra. Valdeni, foram
prestados os primeiros socorros e também a massagem cardíaca, mas a idosa não
resistiu e faleceu.
Versão da Policlínica:
Segundo Laís Anália, enfermeira-chefe da
instituição, um rapaz que alegou ser vizinho da vítima, chegou à policlínica e
teria dito que uma idosa precisava de atendimento médico.
Também foi alegado por Laís que ele teria relatado
que passou no Hospital Municipal e que não havia médico, o que o levou a se
dirigir a policlínica em São Domingos.
A enfermeira-chefe afirmou que o rapaz teria
perguntado se haveria médicos na Policlínica e se uma ambulância poderia buscar
a idosa. Foi respondido que haveria médicos no local tanto na Policlínica como
no Hospital Materno Infantil e que a idosa poderia ser trazida para lá, mas que
a ambulância não estava disponível pois se encontrava em outra ocorrência.
Em seguida, esse rapaz teria dito que ligaria para
o SAMU para que pegasse a paciente na casa da idosa e a traria para unidade de
saúde. Após isso, o rapaz teria ido embora, não retornando ao local.
Perguntado se ela (Laís) ou alguém teria negado o atendimento
por essa paciente ser de Santa Cruz, a enfermeira disse que não foi negado o
atendimento a nenhuma pessoa, independentemente da cidade de origem.
Apesar das afirmações dos profissionais da
Policlínica de São Domingos, a família da paciente sustenta a versão que a
idosa não foi atendida por ser de Santa Cruz do Capibaribe.
Fonte:
Blog do Ney Lima