quinta-feira, 26 de julho de 2012

Estiagem faz preço de alimentos subir mais de 100% em Pernambuco

A falta de chuva no interior do Nordeste fez com que produtos como o feijão, o tomate e o repolho tivessem um aumento no preço de mais de 100%. Nas feiras do Recife e na Central de Abastecimento (Ceasa) de Pernambuco, os consumidores estão revoltados com os valores dos alimentos.

Nas feiras livres, as queixas são muitas. "Toda semana a gente leva um susto [com o preço] nas feiras, supermercados", disse a dona de casa Marli Rodrigues. “O tomate está caro. A gente achava por R$0,49, agora está por R$1. Já vi até por R$3”, reclamou o pastor João Gomes.

O melhor termômetro para avaliar os preços é na Ceasa. Do ano passado para cá, as 20 hortaliças mais consumidas subiram, em média, 14%. As 12 frutas mais vendidas, 10%. O principal problema é a estiagem, que reduziu a área de plantio e o tamanho da colheita.

José Oliveira planta repolho e cenoura no Brejo da Madre de Deus, no Agreste de Pernambuco. Ele disse que este ano, a produção foi baixa. "Faltou água, a peste atacou e o produto estava barato, então a gente parou de plantar", disse.

"Esta é a pior seca dos últimos 50 anos, desde 1962. Sem chuva e com mananciais secos, tem de fazer irrigação em uma área menor, assim a oferta diminui. E a tendência é que a oferta continue baixando e os preços, aumentando. Infelizmente, temos que esperar até as chuvas de janeiro, fevereiro e março do ano que vem, mas não vai haver desabastecimento", informou o presidente da Ceasa Romero Pontual.

Do G1 PE