segunda-feira, 19 de março de 2012

Quantos argumentos para imprudência?

Após contratar serviço de um mototaxista de Santa Cruz do Capibaribe para me locomover até a minha humilde residência, fiquei a pensar quantas desculpas são argumentadas para as imprudências no transito de nossa cidade.

Ao montar na garupa da motocicleta, como já é de costume travei a trava de segurança, que serve para fixa o capacete em nossa cabeça. Ao perceber minha atitude o motoqueiro olhou e eu pensei que ele iria me parabenizar pela prevenção de minha vida. Ao contrario do que eu pensei, ele disse que não precisava travar, pois estava fazendo muito calor.

Ouvir isso de alguém que deveria estar capacitado para incentivar seus passageiros a se protegerem de possíveis acidentes é no mínimo insensato. Lembrei-me do mototaxista de São Domingos, “Seu Biu”, que morreu ao tentar atravessar a PE-160. Devido a não utilização da trava do capacete, ao ser atropelado violentamente por outro motoqueiro que vinha em alta velocidade, o capacete acabou saindo de sua cabeça e o mesmo teve traumatismo craniano chegando a óbito no local, após bater violentamente a cabeça contra o asfalto.

Talvez se perguntássemos ao motoqueiro que atropelou Seu Biu, ele nos responderia que estava com muitas coisas para fazer, por isso estava em alta velocidade. Talvez a vítima não tivesse travado o capacete por causa do calor.

Alguns cuidados que aparentemente são simples e desnecessário, quando não utilizado pode custar vidas. Mas como disse o próprio Jesus Cristo, “aqueles que nunca erraram que atirem a primeira pedra”. Eu me aprofundaria no assunto e falaria que, aquele que não tem cuidado com a própria vida, com certeza não terá com a vida de seu próximo.

Talvez a alta velocidade utilizada por motoqueiros não seja a melhor alternativa para ajustar o tempo, haja vista que, esse tipo de pratica acaba custando vidas, como foi no caso da Dona Marli Jordão, no dia 28 de agosto de 2010. Ela foi atropelada por um motoqueiro em alta velocidade ao sair da igreja. Outro caso semelhante com vítima fatal foi à idosa Maria Santino dos Santos Silva, de 71 anos de idade, que também na Avenida 29 de Dezembro foi atropelada por um motoqueiro.

Então o caso de Dona Mariquinha de Lula do Xique Xique Bar, morta ontem, sexta feira (17), não foi um caso isolado, foi mais uma vida ceifada por causa da irresponsabilidade de motoqueiros que se lambuzam da velocidades em que suas motos dispõem.

Não adianta querermos culpar somente as autoridades pela falta de sinalização, pela falta de infra-estrutura e fiscalização. Temos primeiramente que corrigir algumas atitudes que costumamos praticar no nosso dia-a-dia, temos primeiramente que deixar de querer arrumar argumentos para nossas imprudências e deixar de praticá-las, ai sim, será hora de exigirmos do poder público todos os demais utensílios que garantam uma boa qualidade de vida no transito.

Por: Sidney Lima do Agreste Notícia