quinta-feira, 1 de março de 2012

MPPE lista 33 deficiências do Hospital Regional do Agreste

O Hospital Regional do Agreste (HRA), em Caruaru, deve sanar pelo menos 33 deficiências encontradas na unidade de saúde que comprometem o atendimento à população. A recomendação foi feita pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) à Secretaria Estadual de Saúde (SES).
As irregularidades vão desde a carência de profissionais de saúde, principalmente médicos, à insuficiência de leitos e superlotação constante, passando por atendimento descortês aos pacientes e familiares, precárias condições de higiene e interrupções regulares no fornecimento de energia elétrica.
O secretário estadual de Saúde, Antônio Carlos Figueira, e o diretor do HRA, José Bezerra Alves têm 30, 60 e 90 dias de prazo para solucionar os problemas identificados pelos promotores: cada um dos prazos está relacionado com a complexidade da deficiência encontrada. O secretário e o diretor têm 20 dias para informar ao MPPE um plano de ação para enfrentamento dos problemas. Caso os  gestores não cumpram os termos da recomendação, podem ser réus de uma Ação Civil Pública de obrigação de fazer.
O termo é de autoria dos promotores de Justiça Geovany de Sá Leite e Frederico Santos de Oliveira, da Promotoria de Defesa da Cidadania do município que ouviram médicos, servidores e representantes dos respectivos sindicatos e representantes do Conselho Regional de Medicina (Cremepe) e fizeram visitas a unidade, filmando parte das irregularidades apontadas na recomendação. Relatos de servidores do HRA apontam casos rotineiros de mortes de pacientes que dão entrada na emergência do hospital por falta de um médico clínico.
Na recomendação, o MPPE aponta que a unidade não conta com neurocirurgião, geriatra e registra casos de médicos faltosos nos dias de plantão, alertando para a contratação de profissionais de saúde como “prestadores de serviço” sem critérios objetivos.

Do Pernambuco.com